Onde se encontram histórias pouco sérias ocorridas (a sério!) nos tribunais. Este blog viveu, entre Dezembro de 2004 e Janeiro de 2006, das contribuições de quem o leu.

6.11.05

A velhinha.

Remetida por um bloguista discreto, que escreve noutro registo, chegou esta historia, que não será vera, mas é bene trovata.

No tribunal de uma pequena cidade norte-americana, o acusador público interrogava a sua primeira testemunha. Era uma velhinha de idade avançada. Para quebrar as inibições, o procurador aproximou-se da testemunha e perguntou:
- D. Ermelinda, a senhora conhece-me?
Ao que ela respondeu:
-Claro que te conheço. Conheço-te desde pequenino e, francamente, desiludiste-me. Mentes descaradamente, enganas a tua mulher, manipulas as pessoas e falas mal delas pelas costas. Julgas que és uma grande personalidade quando nem sequer tens inteligência suficiente para ser varredor de ruas. Claro que te conheço.

O procurador ficou branco, sem saber que fazer. Depois de pensar um pouco apontou para o outro extremo da sala e perguntou:
-D. Ermelinda: conhece o defensor oficioso?
Responde a velhinha:
-Claro que sim. Também o conheço desde a infância. É frouxo, tem problemas com a bebida, não consegue ter uma relação normal com ninguém e na qualidade de advogado bem, aí......é um dos piores que já vi. Não esqueço também de mencionar que engana a mulher com três mulheres diferentes, uma das quais, curiosamente, é a tua mulher. Sim, conheço-o. Claro que sim.
O defensor oficioso ficou em estado de choque.


À americana, como nos filmes, o juiz pediu então a ambos que se aproximassem do estrado e com uma voz muito ténue diz-lhes:
-Se a algum dos dois ocorrer perguntar à p*** da velha se me conhece, juro-vos que vão ambos presos.